Buraka Som Sistema – “Komba”
Deixe um comentáriojunho 29, 2012 por estacoesdamente
Em 2008 a banda angolana lançada em Portugal – Buraka Som Sistem – (Lil’John, Riot e Conductor, Kalaf e Blaya), gravaram a canção “Sound of Kuduro” com participação de M.I.A, DJ Znobia, Saborosa e Puto Prata. Baixei, escutei muito e não fui além – resultado : o grupo lançou dois cds e um EP – todos desconhecidos até esse mês. O primeiro disco “Black Diamond” (não achei um link – estou na busca) foi muito bem recebido pela crítica – a música Kalemba (Wegue Wegue) faz parte da banda sonora do videojogo Need for Speed: Shift e do jogo FIFA 10. O segundo trabalho “Komba” foi lançado em 2011 e trouxe outras participações como Sara Tavares e Terry Lynn, o nigeriano Afrikan Boy, o congolês Kaysha, a inglesa Roses Gabor, o produtor austríaco Stereotyp e os Mixhell de Igor Cavalera, o antigo baterista da banda brasileira Sepultura.
Sobre o nome do cd
“Komba” é um ritual angolano religioso, celebrado sete dias depois da morte de alguém, onde amigos e parentes homenageiam o falecido bebendo suas bebidas favoritas, comer sua comida favorita, dançando e cantando suas canções favoritas enquanto partilham experiências e contam histórias sobre sua vida. A ironia de que a melhor festa da sua vida acontece depois de se morrer, e a ideia de que devemos viver cada dia como se fosse o nosso último, define a linha comum de “Komba”.
O disco é um ritual de 38min que destrói músculos, ouvidos e faz qualquer festa paradinha virar um caldeirão quente.
Destaque para :
Hangover (BaBaBa)
Voodoo Love (com Sara Tavares & Terry Lynn)
(We Stay) Up All Night (com Blaya & Roses Gabor)
Hypnotized
Candonga
A banda é apelidada como fundadora do novo som eletrônico kuduro progressivo.
Sobre Kuduro
Kuduro é um género musical e sobretudo um género de dança surgida em Angola.
O kuduro surgiu no final dos anos 80, primeiro como uma dança e com o passar do tempo evoluindo para um gênero musical, estilo house africano em que se mistura elementos eletrônicos com o folclore tradicional, feito pelo povo mais pobre de Luanda e com os meios precários que dispunham. A música é peculiar no uso de breaks e funk muito utilizados nos anos 80 para criar melodias, mas utilizando loops e letras explícitas, que acabam por ser um reflexo de boa parte da população.
Se você curte um som energético e viciante, não pode deixar de ouvir nas alturas.
Curiosidade : O artista plástico brasileiro Stephan Doitschinoff (conhecido por Calma) participou na elaboração da capa do disco.
Conheça um pouco do trabalho do Stephan – AQUI
Download
(Komba Cd)